domingo, 21 de março de 2010

[Review] Rainbow - Ritchie Blackmore´s Rainbow







Álbum: Ritchie Blackmore´s Rainbow

Banda: Rainbow

Ano: 1975

Género: Rock Clássico

Tracklist:
1.Man on the Silver Mountain
2.Self Portrait
3.Black Sheep of the Family
4.Catch the Rainbow
5.Snake Charmer
6.The Temple of the King
7.If You don´t like Rock N´Roll
8.Sixteenth Century Greensleeves
9.Still I´m Sad



Ritchie Blackmore´s Rainbow foi o primeiro álbum lançado pela banda inglesa Rainbow, constituída na altura pelo guitarrista Ritchie Blackmore e pelos antigos membros dos Elf, Ronnie James Dio, Craig Gruber, Gary Driscoll e Mickey Lee Rourke. E pode-se dizer que esta parceria deu resultado. Não deixem que o nome da banda e a capa vos iludam, pois este não é um álbum Pop nem tão pouco Glam, é isso sim um grande cd de Rock!

Até agora, a música de Ritchie Blackmore tinha-me de certa forma passado ao lado (para mim, era o criador do riff lendário da "Smoke on the Water", e pouco mais), mas agora, após o ter ouvido neste cd, posso dizer que vou passar a estar mais atento ao seu trabalho. Desde os característicos riffs de powerchords de duas notas dedilhadas em "Man of The Silver Mountain" e "Sixteenth Century Greensleeves", aos leads e solos com bastantes influências do Blues e algumas da música Neo-Clássica (embora não tantas como noutras músicas suas), que tanto podem ser incrívelmente velozes como lentos, há neste cd material suficiente para deixar boquiaberto qualquer um que goste de umas boas guitarradas. Guitarradas essas que são aqui complementadas por algumas das melhores linhas de baixo que já ouvi. Craig Gruber esmerou-se, criando linhas andantes de baixo geniais, que por si só são um motivo para ouvirmos de novo o cd.
E ainda há a voz de Dio, que é, bem... divina.

Não existem neste cd duas músicas parecidas, pois quase todas têm estilos diferentes, o que torna o álbum diversificado e ainda mais interessante. Há músicas Rock tradicionais, como "Man on the Silver Mountain" ou "Snake Charmer", uma música de puro Rock N´Roll ("If You Don´t Like Rock N´Roll") com um excelente trabalho de piano, e até uma cover instrumental da "Still I´m Sad" dos Yardbirds, onde o guitarrista, o baixista e o baterista demonstram todas as suas capacidades, mas o verdadeiro ponto alto deste álbum, na minha opinião, são as músicas mais calmas ("Catch the Rainbow" e "Temple of The king"), que o elevam a um patamar de qualidade superior. São ambas músicas com melodias suaves e hipnotizantes, onde Dio mostra o lado mais calmo da sua voz. Os solos, esses são excelentes, compostos com poucas notas prolongadas. São o exemplo perfeito de como um solo simples e com poucas notas pode ser fantástico.



Resumindo, Ritchie Blackmore´s Rainbow é um grande álbum de Rock Clássico, com excelentes intrumentais e uma voz fenomenal. Merece ser ouvido e re-ouvido... muitas vezes.






segunda-feira, 15 de março de 2010

[Review] Danzig - Danzig




Álbum: Danzig

Banda: Danzig

Ano: 1988

Género: Hard rock

TrackList:
1.Twist of Cain
2.Not of This World
3.She Rides
4.Soul on Fire
5.Am I Demon
6.Mother
7.Possession
8.End of Time
9.The Hunter
10.Evil Thing


Danzig é o primeiro álbum da banda norte-americana com o mesmo nome, que resulta de uma mistura impressionante de Blues, Hard Rock e Heavy Metal.


É complicado inserir este cd numa categoria: será Blues Rock, Hard Rock, Heavy Metal ou apenas Rock n´Roll? Certo é que os ritmos de Chuck Biscuits e Eerie Von, aliados aos riffs e solos de John Christ, baseados no blues mas com bastantes influências do metal e de escalas exóticas, criam uma sonoridade única, onde a voz inconfundível de Glenn Danzig é a cereja no topo do bolo.

O álbum começa em força com "Twist of Cain", uma música simples mas eficaz, que fica no ouvido. Possui riffs excelentes, especialmente o do refrão. A seguir vem "Not of This World", que é boa, mas tinha na minha opinião potencial para ser muito melhor, caso a banda tivesse aproveitado melhor o riff inicial (tinha qualidade para ser tocado em mais do que apenas na introdução e em parte da coda) e tivesse trabalhado mais um pouco algumas transições, que parecem bruscas. Felizmente, a próxima música apaga qualquer imagem menos positiva que possa surgir nesta altura sobre a capacidade de composição do grupo: "She Rides". A introdução de bateria marca o ritmo do que virá a ser uma grande música: excelente trabalho de John Christ( mesmo não tendo solo, é das músicas onde mais se nota a dupla camada de guitarras, que se complementam de forma sublime) e um bom trabalho de Danzig na voz. É definitivamente um dos destaques do cd. Seguem-se "Soul on Fire", uma espécie de "power ballad" do álbum (não é tão agressiva como as restantes músicas, mas também não é do tipo de passar na rádio comercial), e "Am I Demon", uma excelente malha Blues Rock com solos muito bons, que antecede o single "Mother", o qual por esta altura dispensa apresentações.

A recta final do álbum é composta por "Possession", provavelmente a música mais obscura do cd, "The End of Time", a outra "power ballad" (igualmente muito boa, e com um excelente solo), "The Hunter", uma música Blues Rock um pouco á imagem da "Am I Demon", recheada de solos, e "Evil Thing", que possui alguns dos melhores riffs do cd, e é uma boa forma de acabar o álbum (embora me pareça que haviam músicas melhores para esta função, como "Mother" ou "Twist of Cain").

É incrível a forma como esta banda consegue pegar em batidas de bateria simples, juntar-lhes riffs de duas,três notas e torná-las em ritmos que, por mais que os ouçamos, não se tornam cansativos. Riffs como os da "Mother", "The Hunter" ou do verso da "She Rides" são exemplos de que música para ser boa não tem obrigatoriamente de ser complexa.

A voz de Glenn Danzig é poderosíssima, e só não classifico o seu trabalho neste cd como perfeito pois ele abusa um pouco nos "yeeeaah´s", o que até é engraçado de início mas depressa se torna cansativo.
As letras tanto podem ser profundas, com temas obscuros/bíblicos relacionados com a alma, morte, anjos e demónios, como podem ser directas e com bastantes metáforas de cariz sexual, ou até serem uma mistura de ambas.


Concluíndo, este é um álbum muito bom, cuja mistura de estilos o torna capaz de agradar a um grande número de pessoas, desde fans de Blues a fans de Metal. Vão ter que o ouvir muito até que se comecem a cansar dele!

domingo, 14 de março de 2010

Rainbow - Ritchie Blackmore's Rainbow


                                         Tamanho: 35,12 Mb                                            
Género: Hard Rock
País: Inglaterra
Ano: 1975

'Ritchie Blackmore's Rainbow' é o primeiro álbum gravado pelos Rainbow, banda formada em 1975 pelo guitarrista dos Deep Purple, Ritchie Blackmore. Este álbum conta com a formação mais clássica da banda, com Dio nos vocais.  
Como curiosidade, no dia da gravação de "Still I'm Sad", Dio teve alguns problemas e não pôde comparecer para gravar, fazendo Ritchie a linha que seria a voz, na guitarra.

Tracklist:
1. Man On The Silver Mountain
2. Self Portrait
3. Black Sheep Of The Family
4. Catch The Rainbow
5. Snake Charmer
6. The Temple of The King
7. If You Don't Like Rock 'n' Roll
8. Sixteenth Century Greensleeves
9. Still I'm Sad

Link:
Password: mrocker

segunda-feira, 8 de março de 2010

[Review] Warbringer - War Without End




Álbum: War Without End

Banda: Warbringer

Ano: 2008

Género: Thrash Metal

TrackList:
1.Total War
2.Systematic Genocide
3.Dread Command
4.Hell On Earth
5.At The Crack Of Doom
6.Beneath The Waves
7.Instruments Of Torture
8.Shoot To Kill
9.Born Of The Ruins
10.Combat Shock
11.Nightslasher
12.Epicus Maximus(instrumental)


War Without End é o primeiro álbum de estúdio dos Warbringer, uma das bandas que têm vindo a ressuscitar o Thrash Metal original nos últimos anos. E de facto, após ouvir este álbum, não há dúvidas: Thrash is back!




Rápido e agressivo do início ao fim, assim é este cd. Não há lugar para músicas a meio gás, nem tão pouco para baladas de isqueiro na mão. Aliás, as únicas vezes em que as coisas abrandam são na introdução acústica da At the Crack of Doom,e no início da última faixa, Epicus Maximus(a música só começa passado um minuto), mas depois de uma Combat Shock seguida de uma Nightslasher, um intervalinho para descansar o pescoço até vem a calhar.

A forma como as músicas estão compostas demonstra grande competência da banda no que toca à composição. Raramente se ficam pela estrutura clássica "AABA" e duas delas, At the Crack of Doom e Combat Shock até possuem compassos de tempo complexos (uma espécie de 18/16) em algumas secções. Apesar das músicas serem pequenas (apenas uma atinge 4 minutos), elas possuem muitas secções curtas e diferentes (bem ligadas, diga-se. Não é como se parecesse que estivessem presas umas às outras com fita-cola), o que junto com os ritmos rápidos lhes confere uma sensação de movimento constante.

A voz é o típico grito do Thrash, com alguns "growls" pelo meio. As letras, como o nome do álbum indica, falam na sua maioria sobre guerra, mas não de um ponto de vista político ou crítico. Em vez disso, elas focam-se nos acontecimentos da guerra em si, como se se tratasse de um relato detalhado na primeira pessoa. A banda introduziu também "gritos de guerra" na maioria das músicas ("Shark attack!" na Beneath the Waves ou "Surprise attack!" na Combat Shock, por exemplo), os quais devem funcionar muito bem ao vivo.

Infelizmente, tenho que dizer que não gostei do timbre das guitarras. Não é bem definido, e por vezes fica "embrulhado" no meio dos restantes instrumentos. Não é, contudo, um problema que nos faça perder a vontade de ouvir as músicas, pois o trabalho da dupla John Laux - Adam Carroll em si é muito bom: riffs esmagadores, com um ou outro lead ocasional, e alguns dos melhores solos que já ouvi no Thrash Metal: rápidos mas sem perder a noção de melodia, ao contrário de tantos outros que sucumbem à tentação da velocidade cega.


Resumindo: War Without End é um excelente cd de Thrash Metal à antiga, puro e duro, ao qual os fans deste género não podem ficar indiferentes. Pouco ou nada tem de original, mas a ideia é mesmo essa: refazer o que de bom foi feito na década de 80. E o objectivo foi cumprido com sucesso!



domingo, 7 de março de 2010

Asking Alexandria - Stand Up And Scream

Tamanho: 74.5 MB
Género: Metalcore/Deathcore/Screamo
País: Inglaterra
Ano: 2009

Os Asking Alexandria são uma banda de Screamo Inglesa, que até há bastante pouco tempo desconhecida por mim, que quando ouvi me atrevi a dizer de arrepiante.
Não se precisam de preocupar com a discografia, pois aqui a têm.
Tracklist:
1. Alerion
2. Final Episode (Let's change the channel)
3.A Candlelit Dinner With Inamorta
4.Nobody Don't Dance Anymore
5.Hey There Mr.Brooks (Featuring Shawn Milke Of Alesana)
6.Hiatus
7.If You Can't Ride Two Horses At Once...You Should Get Out Of The Circus
8.A Single Moment Of Sincerity
9.Not The American Average
10.I Used To Have A Best Friend (But Then He Gave Me An STD)
11.A Prophecy
12.I Was Once, Possibly, Maybe, Perhaps A Cowboy King
13.When Everyday's The Weekend
Link:
http://www.mediafire.com/?engzgxg0z04

Danzig - Danzig

 

                                         Tamanho: 59,66 Mb                                            
Género: Blues-Rock/Heavy Metal
País: Estados Unidos da América
Ano: 1988

Os Danzig são uma banda Americana de heavy-metal, com influências de Blues-Rock formada em 1987.
Lançado em 1988, o álbum homónimo é também o álbum de estreia dos Danzig.

Tracklist:
1. Twist of Cain
2. Not of This World
3. She Rides
4. Soul on Fire
5. Am I Demon
6. Mother
7. Possession
8. End of Time
9. The Hunter (Albert King cover)
10. Evil Thing 

Link:


PASSWORD: canalla-metal

segunda-feira, 1 de março de 2010

[Review] Dr. Salazar - Antes & Depois


Álbum: Antes & Depois

Banda: Dr Salazar

Ano: 2006

Género: Metal/Industrial

Track List:
1.Culpa do Sistema
2.Face que Temos
3.Sensação FDP
4.Revolta dos Povos
5.Ventania de Mudança
6.Política/Lixo
7.Falar do Mendigo
8.Tarrafal
9.Cais da Rocha
10.Veterano de Guerra

Sem medos, sem papas na língua e sem vontade de se subjugarem perante a mentalidade conservadora e procrastinadora do país, assim são os Dr Salazar. E transmitem-nos isso perfeitamente ao longo do seu primeiro álbum, "Antes & Depois".


Antes de tudo, devo dizer que este não é um cd para os mais conservadores, que tenham medo de pôr o dedo na ferida (e são muitas as evidenciadas nas músicas, diga-se). Já os outros, esses vão adorar: guitarras distorcidas com fartura, ritmos pesados com influências de Industrial e até um pouquinho de Prog, e letras poderosas e directas, que assentam que nem uma luva no instrumental.

A qualidade do som é excelente: bem definido (podemos facilmente destacar qualquer instrumento dos restantes) e sem desigualdades no volume (não há, por exemplo, o caso da bateria estar muito mais alta do que as guitarras).Os vocais, seja num tom agressivo ou num tom mais calmo, adaptam-se na perfeição à música e às letras, que são na sua maioria críticas tanto à actualidade como ao passado recente do país (mais propriamente a ditadura Salazarista).

No que toca às músicas propriamente ditas, destaco a "Ventania de Mudança", que é das músicas mais pesadas do cd e que fala de forma crítica sobre o antes e o depois da revolução de 25 de Abril ("Quando veio a ventania, Levantou a poeira toda(...)Em fúria fomos para a rua, E fomos caindo, lentamente"). Destaque também para a "Veterano de Guerra", que contrasta com o resto do cd por ser uma música onde a banda explora o seu lado mais calmo. O seu final é uma excelente forma de acabar o cd.

Para finalizar, dou uma nota de mérito ao grupo por, sem qualquer apoio, ter produzido o álbum de forma exímia, conferindo-lhe uma sonoridade única. A sua única fraqueza, na minha opinião, é precisamente a sua maior força, a crítica social e o cariz interventivo da sua música, pois impede--os de alcançar patamares de reconhecimento que a qualidade da sua música certamente merece.